Você, agente da Pastoral da Comunicação, já deve ter se perguntado sobre a verdadeira eficácia do uso do jornal paroquial na comunidade. Sabemos que o uso desse veículo de comunicação é uma prática comum em nossas paróquias. Mas, será que ele está, de fato, oferecendo resultados promissores na evangelização?
Por um longo tempo aqui na agência fomos responsáveis pela produção de inúmeros jornais de paróquias. Ele foi o principal serviço de comunicação que oferecíamos a Igreja. Hoje produzimos pouco desse tipo de material, nosso principal foco é a produção de conteúdo digital.
Mas, por que o jornal está perdendo sua eficácia? Vejamos!
Uma pesquisa recente, publicada em 2019 pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic), a TIC Domicílios, aponta que 129,9 milhões de brasileiros usam a internet em 2018. A pesquisa apontou ainda que metade da população rural, e das classes C e D têm acesso a internet.
Diante da evolução da internet – 70% dos brasileiros têm acesso a ela – é fácil perceber o que torna o jornal impresso tão vulnerável. Isso ocorre não só na realidade da Igreja com o uso do jornal paroquial, mas no meio secular, onde muitos dos grandes jornais estão vivendo um processo de transformação, do offline para o on-line, ou seja, estão migrando para as plataformas digitais.
Os que não migraram definitivamente, reformularam seu formato, diminuíram a veiculação, fizeram deles uma extensão do digital.
A importância do conteúdo na internet
Atualmente é muito comum para os donos de algum negócio ouvir que o conteúdo é a chave do sucesso para a empresa. Há uma grande onda de estratégias voltadas ao mundo do negócio e tudo parte do conteúdo.
Esse material que você está lendo é parte de uma estratégia de conteúdo. Você chegou até aqui porque alguém pensou na sua necessidade, na sua dor. Sua existência não é desconhecida para a Dominus, por exemplo.
Hoje, quando vamos fazer coisas simples em nosso vida, uma das primeiras iniciativas é consultarmos o Google, a fim de encontrarmos o conteúdo necessário para tirar nossa dúvida. Deu para perceber por que é tão importante produzir conteúdo de qualidade?
A internet se tornou um aliado do cotidiano de nossas vidas, tudo buscamos nela, seja informação, pagar contas, assistir a um filme, inclusive entrar em uma discussão, isso mesmo, nossas brigas familiares, passaram a ser no grupo da família do aplicativo de mensagens.
Já participei de várias formações na Igreja voltadas a entender a internet. Em todas elas vi algumas coisas em comum e que me incomodam um pouco. Vejamos:
1ª. Todas as formações falam muito de como informar sobre os eventos, atividades,etc. Há ainda um grupo que fala da necessidade de formar o público alvo. Essa formação é uma espécie de bula, onde você sabe que pode encontrar tudo o que precisa, mas não se sente atraído a ler aquele mundo de palavrinhas chatas e escritas sem entender quem eu sou e quais são minhas necessidades.
2ª. Nós, cristão, católicos, temos uma prática interessante nas formações, trazemos a visão apocalíptica da internet, como se estivéssemos em uma guerra na qual precisamos vencê-la. Desculpe desapontar, mas nós já perdemos esta guerra! Ela nos venceu e isso não tem mais volta. Dependemos dela para viver neste mundo cheio de necessidades evangelizadoras.
3º. Temos a internet como um ringue, onde travamos lutas e mais lutas, sejam elas com pessoas externas à Igreja e que contrariam nossa fé, ou, até mesmo, lutamos entre nós, onde nos degladiamos dentro da nossa própria família.
4º. Neste último ponto, quero trazer algo que é muito comum em nossa vida cristã: nossa arrogância. Infelizmente muitos de nós temos uma prática arrogante ao evangelizar. De fato, carregamos um tesouro em nosso coração. Só esquecemos de um detalhe: ele está em vasos de barro, frágeis demais para garantir a segurança do transporte. Comunicamos o Evangelho sem entender a dor do outro, sem nos colocarmos no lugar dele, transmitimos a mensagem sem perceber que estamos querendo falar para nós mesmos, escrevemos, gravamos, pregamos para nós e não para o outro.
O que torna o marketing de conteúdo tão atraente para evangelizar?
O jornal paroquial da sua comunidade pode chegar àquelas pessoas que frequentam as Missas, os comércios do bairro, etc. Ele vai chegar principalmente nas pessoas que já estão próximas da vida da comunidade. Mas, e quanto aquelas pessoas que estão afastadas da Igreja e de Deus, como é que a mensagem do Evangelho vai chegar a elas?
Como o marketing de conteúdo pode atrair pessoas para a comunidade?
Imagine, você, que na região da sua paróquia resida uma jovem mãe chamada Carla. Ela está passando por um momento extremamente difícil com um dos seus filhos adolescentes. Ele está numa fase difícil e não quer obedecer.
A Pastoral da Comunicação da sua comunidade escreveu recentemente uma série de conteúdos e produziu alguns vídeos sobre educação dos filhos, este material foi publicado amplamente e acabou chegando na Carla. Ela adorou e passou a acompanhar todas as postagens!
Agora a Carla é uma visitante no site da paróquia, ela é uma seguidora nas redes sociais. Ela ainda não foi à Missa e em nenhuma outra atividade pastoral. Em um determinado dia foi divulgado a Novena “Mães que oram pelos seus filhos” e a Carla, que acompanha todos os conteúdos, ficou interessada com a proposta, visto que esta novena está muito alinhada à sua “dor”. Concluindo essa história: Carla passa a frequentar a novena na paróquia.
+ Leia também: Como aumentar a participação dos fiéis usando o marketing de conteúdo
O Marketing de conteúdo é mais barato e sua avaliação é mensurável
Uma vantagem importante no uso do digital é o custo. No mercado secular, por exemplo, empresas que se destacam na produção de conteúdo têm custo menor de 35% nas vendas. Além disso, o inbound Marketing é 60% mais barato que o marketing tradicional.
Pensar em migrar o conteúdo do jornal paroquial para o formato digital é uma ótima oportunidade de também diminuir custos e conquistar maior resultado.
Um exemplo prático de como o marketing de conteúdo pode ser mais mensurável é o fato de que por meio do Google Analytics podemos acompanhar os acessos, tempo de visita a um conteúdo e o nível de engajamento que este conteúdo gerou no seu público. No jornal impresso isso não é possível.
Espero que tenha gostado do conteúdo e até a próxima!
Jean Ricardo
Empreendedor na evangelização, apaixonado por planejamento e marketing digital. É CEO da Dominus Evangelização e Marketing, comanda o time de evangelizadores. O seu coração está na evangelização!
1 Comments
Bom dia.
Gostaria muito de aprender sobre o marketing!