De um lado, a falta de engajamento nas paróquias. De outro, párocos dedicados, mas cansados, tentando motivar pessoas que parecem cada vez mais distantes da vida pastoral. Essa infelizmente é a realidade em muitas Igrejas do Brasil.
Para entender esse cenário e buscar soluções, reflita conosco sobre quais atitudes costumam diminuir a participação dos fiéis nos grupos e pastorais. Temos certeza que esse texto será um bom ponto de partida para reacender o desejo de servir e evangelizar na sua comunidade!
Um desafio mais comum do que parece
Em diversas regiões do país, é comum o padre chegar à reunião de pastoral e ver poucas pessoas presentes. De modo semelhante, tem casos que nem acontecem mais reuniões, pois o grupo deixou de existir devido à falta de fiéis.
Essa realidade enfrentada por muitos sacerdotes está longe de ser um problema isolado. Na Dominus, realizamos serviços e mentorias para paróquias grandes e pequenas, rurais e urbanas, que buscam superar esse mesmo desafio.
Portanto, é importante reconhecer que a falta de engajamento nas paróquias é um fenômeno pastoral amplo e profundo. E isso não significa fracasso, mas sim uma oportunidade de gerar soluções a partir da escuta, do estudo e de ações práticas.
O que pode estar afastando os paroquianos?
Assim como um médico precisa ouvir o paciente antes de indicar o tratamento, a paróquia também precisa escutar e observar antes de agir. Quando há desânimo e pouca participação nos grupos, é sinal de que algo mais relevante pode estar acontecendo.
Por isso, a seguir, vamos refletir sobre as possíveis causas desse esvaziamento. Afinal, só com um bom diagnóstico é que a comunidade pode, aos poucos, recuperar a alegria em servir que é própria de um verdadeiro cristão. Vejamos!
1) Ausência de uma boa divulgação
Um dos primeiros motivos que enfraquecem o engajamento é a falta de uma divulgação eficaz das pastorais da Igreja. Isso costuma dificultar muito a adesão de novos participantes.
Muitas vezes, as pastorais não são amplamente divulgadas ou são anunciadas apenas no final da Missa ou em cartazes que poucas pessoas veem. No mundo de hoje, isso não é suficiente. Assim, é preciso usar bem as redes sociais, criar lembretes simples no WhatsApp e incentivar o famoso “boca a boca”.
Por exemplo, quando um adolescente convida pessoalmente um amigo para um Grupo de Jovens, as chances de participação aumentam muito. Ou seja, reforçar os avisos e convites com linguagem clara e acolhedora pode fazer toda a diferença!
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2) Falta de acolhimento nas pastorais
Caso a divulgação esteja excelente e ainda assim o engajamento nas paróquias permaneça baixo, talvez o problema esteja na falta de acolhimento dos novos participantes.
Muitas vezes, quem chega pela primeira vez encontra um grupo fechado, com pouca abertura e simpatia. Em resumo, as famosas “panelinhas” acabam criando barreiras invisíveis, que desanimam qualquer boa intenção.
Além disso, há situações em que o excesso de regras ou a falta de gentileza no primeiro contato já causam um certo desconforto. Sem falar nos conflitos internos, que, mesmo silenciosos, deixam o ambiente pesado.
Dessa forma, é essencial cultivar uma cultura de escuta e acolhimento. Quando alguém novo se sente realmente bem-vindo, com espaço para contribuir e ser ouvido, o engajamento cresce de forma natural.
3) Cansaço ou desmotivação dos líderes
Uma coisa é certa: a partir do momento em que os líderes pastorais assumem muitas responsabilidades sozinhos, acabam sobrecarregados e desanimados. Desse modo, a pessoa é até generosa e prestativa, mas sem apoio, a exaustão chega. E com ela, a motivação vai embora.
Daí a importância de criar o costume de partilha, em que novas lideranças possam surgir. Só assim a pastoral se renova, e o trabalho continua leve e comunitário.
4) Falta de discipulado
Finalmente, sem discipulado, a caminhada pastoral perde o sentido mais profundo. Ou seja, se não há acompanhamento, escuta e formação contínua, muitos servem por costume, sem entender o lindo motivo de evangelizar.
Por exemplo, certa vez, um casal entrou na pastoral da família com muita disposição e vontade de fazer a diferença. Mas, aos poucos, sentiu falta de orientação, apoio espiritual e momentos de formação e desistiu do serviço. Então, note como isso enfraquece o engajamento nas paróquias.
Em resumo, devemos entender que o discipulado é mais do que dar tarefas, é formar corações. É essencial investir em retiros, momentos de partilha e encontros de formação que alimentem a espiritualidade e animem os participantes a caminharem juntos.
Diagnóstico feito? É hora de agir!
O primeiro passo para fortalecer o engajamento nas paróquias foi feito: diagnosticar a raiz do problema! Esperamos que, com essas reflexões, você tenha identificado quais os pontos de melhoria nas pastorais da sua comunidade.
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4 Comments
Sou o padre Cláudio LEROY ‘Wadyanga’, pároco da Paróquia SANTAS PERPÉTUA E FELICIDADE na Arquidiocese de Luanda em Angola.
Estou perfeitamente de acordo com o diagnóstico que o artigo apresenta.
Entretanto, fica algumas questões fundamentais por responder: Qual é a causa dessa situação? Que medidas os párocos podem tomar a curto prazo para mudar a situação?
Padre uma das coisas que mais observamos aqui é a ausência de uma estratégia bem definida de anúncio querigmático e de discipulado. É preciso pensar que o engajamento pastoral ocorre a partir de um processo evangelizador. Enquanto olharmos a evangelização como iniciativas isoladas e sem uma continuidade processual, nossas comunidades vão perder ainda mais engajamento.
Boa tarde! o que vocês tem a dizer sobre a venda de bebida alcoólica, nas festas dos padroeiros, pois tem paroquias que tem seu bar ao lada da paroquia?
sou de BH.
A decisão de venda de bebida é uma decisão do pároco e conselho. Acreditamos que nosso papel é evangelizar e que necessita sempre de muito cuidado e atenção. Beber bebida alcoólica não é pecado, mas devemos refletir se como comunidade devemos comercializar dentro de nossas comunidades. Uma sugestão: não leve esse tema com a intenção de gerar conflito e causar discórdia em sua comunidade. Se sua intenção for de fato a evangelização vá com calma, proponha o diálogo e leve sugestões de como mudar a realidade.