Caminhos de misericórdia para os feridos da fé - Dominus Comunicação

Caminhos de misericórdia para os feridos da fé

Palestra de Pierre Patrick convida a Igreja a acolher com compaixão os que foram feridos pela intolerância, pelo julgamento ou pela indiferença

No segundo dia da ExpoCatólica 2025, o auditório ouviu a palestra Caminhos de Misericórdia para os Feridos da Fé, conduzida por Pierre Patrick, psicólogo com trajetória marcada pela escuta de histórias de dor e reconciliação.

Com sensibilidade pastoral e firmeza evangélica, Patrick abordou o sofrimento espiritual de pessoas que, por diferentes razões — abusos, escândalos, rejeições ou experiências traumáticas — se afastaram da Igreja ou perderam a confiança na fé. Ele defendeu que o caminho da restauração passa, antes de tudo, pela misericórdia, pela escuta e pela humildade institucional.

“Essas pessoas saíram por fofoca, sexualidade, filhos com deficiência, pois a Igreja não está preparada para isso”, afirmou.

O palestrante destacou que é preciso reabrir os braços àqueles que se sentiram excluídos, frustrados ou esquecidos. “Papa Francisco disse que não devemos nos sentir excluídos na Igreja. Será que estamos realmente promovendo essa inclusão?”, questionou. Segundo ele, o desafio da Igreja não é apenas formar, mas também curar feridas invisíveis deixadas por relações religiosas adoecidas.

Durante a fala, foram apresentados testemunhos reais, inclusive do próprio Patrick, que relatou ter enfrentado sentimentos de exclusão por ser pai de uma criança adotada e não se encaixar no modelo idealizado de “família perfeita” dentro da comunidade. Ele também compartilhou exemplos de pessoas que precisaram ser acolhidas apesar de suas diferenças.

Pierre comentou ainda sobre diversas questões, como a falta de estrutura da Igreja para acolher mães e famílias. Segundo ele, muitas paróquias não dispõem de espaços adequados para receber nem mesmo famílias em configurações consideradas tradicionais, o que contribui para o afastamento de cerca de 40% dos fiéis, por não se sentirem acolhidos.

 O acompanhamento dessas pessoas gera 70% de redução do abandono das pessoas para com a igreja, esse tipo de ação é muito importante para deixar o fiel mais próximo e mais acolhido da igreja, o que afasta essa pessoa da vontade de sair da igreja.

A palestra também destacou práticas concretas de acolhimento, como rodas de escuta, ministérios de reconciliação, visitas pastorais e ações voltadas ao cuidado com a saúde emocional dos fiéis.

A atividade integrou a programação oficial da ExpoCatólica e teve como foco o fortalecimento do compromisso pastoral com os que enfrentam feridas emocionais ao longo de sua caminhada espiritual.

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