Ultimamente muito se tem falado sobre inteligência emocional como uma das responsáveis por boa parte do sucesso, seja nas relações interpessoais, seja na nossa capacidade de liderança.
No entanto, este conceito não é algo tão novo assim. Ele apareceu pela primeira vez em 1920 com o psicólogo Edward Thornkike que a definiu como “a habilidade de controlar as emoções para agir de maneira mais sensata”.
No entanto, foi apenas em 1990 que alguns pesquisadores americanos publicaram um artigo científico a respeito da inteligência emocional. Foi a partir de então que surgiu um interesse grande pelo assunto, sobretudo no universo empresarial.
Desde então o conceito de inteligência emocional vem se propagando pelo mundo. O principal responsável por isso é o psicólogo e escritor Daniel Goleman, que é considerado o pai da Inteligência Emocional.
Goleman popularizou esse conceito com a publicação de um livro em 1995 que já vendeu mais de 5 milhões de cópias.
Afinal, o que é a inteligência emocional?
Para Daniel Goleman, a inteligência emocional é a “capacidade de identificar os nossos próprios sentimentos e dos outros, de nos motivarmos e de gerir bem as emoções dentro de nós mesmos e nos nossos relacionamentos”.
Nesse sentido, a consciência das próprias emoções é um fator essencial para o desenvolvimento da inteligência emocional.
Desse modo, Daniel a define como a maior responsável pelo nosso sucesso ou insucesso. Afinal, a diferença está na nossa capacidade de lidarmos bem com os nossos sentimentos, independentemente de serem raiva, dor, alegria, amor, frustração etc.
Portanto, a inteligência emocional é uma importante competência com a qual adquirimos diversas habilidades que nos tornam capazes de administrar os obstáculos que a vida nos impõe.
Desta maneira, reconhecendo e aceitando as emoções é possível direcioná-las para garantir melhores resultados em diferentes esferas da nossa vida.
Portanto, seja nos relacionamentos, no trabalho, nos estudos e na vivência pastoral a inteligência emocional pode ajudar a responder – com equilíbrio – às pessoas e situações de maneira sábia.
Além disso, a inteligência emocional pode nos ajudar muito a controlar a ansiedade e o nervosismo.
Quem a trabalha consegue lidar melhor com seus sentimentos e não permite que o nervosismo o domine, ou seja, situações negativas não conseguem derrubá-lo.
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As 5 habilidades da inteligência emocional na vivência pastoral
Agora que você já compreendeu o conceito, talvez esteja se perguntando: Mas, afinal, como a inteligência emocional pode ajudar na vivência pastoral?
Para que você possa compreender vamos apresentar as 5 habilidades da inteligência emocional elencadas por Daniel Goleman aplicando-as à vivência pastoral.
1. Autoconhecimento emocional
A primeira habilidade da inteligência emocional é a capacidade de reconhecer e analisar as próprias emoções e sentimentos. Quem desenvolve essa habilidade consegue conduzir sua vida de maneira mais saudável.
No entanto, é preciso dizer que a inteligência emocional é um processo gradual, ou seja, você não vai acordar com esta habilidade. Ela precisa ser trabalhada dia a dia. Para começar a conhecer suas emoções, a dica é começar a anotá-las.
Reconhecer as próprias emoções e sentimentos te ajuda a manter o equilíbrio quando uma situação fugir do controle dentro do ambiente paroquial.
2. Controle emocional
Infelizmente, momentos de estresse e ansiedade fazem parte da vida pessoal e paroquial. Por isso, precisamos aprender a nos controlar diante de situações provocativas ou que nos bloqueiam.
Por isso, quando temos consciência das emoções negativas que nos bloqueiam ou nos inflamam, conseguimos nos libertar delas por meio de um processo dirigido pela razão.
Funciona assim: quando estamos tristes, podemos escolher pensar de maneira otimista.
Portanto, na vivência pastoral, a inteligência emocional vai te ajudar a refrear suas emoções adequando-as da melhor maneira ao momento e à situação.
3. Automotivação
Trata-se da capacidade de dirigir as emoções em prol de um objetivo.
No entanto, quando nos deixamos levar pela ansiedade e pelos aborrecimentos, dificilmente conseguiremos nos concentrar na tarefa que estamos realizando. Torna-se mais fácil desistir e se afastar das pessoas.
Por outro lado, quando estamos motivados, encontramos prazer no que precisamos realizar e não perderemos a calma quando surge uma dificuldade.
Ou seja, a automotivação é algo extremamente necessário para a vivência pastoral.
4. Reconhecimento das emoções do outro
Aqui estamos falando de empatia, ou seja, de aprender a se colocar no lugar do outro, reconhecendo suas emoções e buscando compreender seu comportamento.
Você já deve compreender o quanto a empatia é necessária na vida pastoral. Afinal, esta habilidade é responsável por permitir a construção de relacionamentos mais saudáveis entre os membros das pastorais e movimentos.
5. Desenvolver relacionamentos interpessoais
Outro fator importante para o desenvolvimento da inteligência emocional é buscar boas relações com as pessoas do seu convívio, afinal vivemos em sociedade.
Também na vivência pastoral é preciso aprender a conviver com o próximo, pois cada um tem seu modo de pensar, gostos e opiniões diferentes.
Portanto, é preciso saber interagir com as pessoas e saber lidar com as emoções dela. Desta maneira fica mais fácil negociar e solucionar conflitos, bem como cooperar e potencializar o trabalho em equipe.
Desenvolver bons relacionamentos propicia um ambiente positivo à sua volta. Além disso, melhora a própria qualidade de vida e também contagia aqueles que estão ao seu redor.
A inteligência emocional não é um produto que se adquire, mas um atributo que se conquista com amadurecimento pessoal, terapia, técnicas e métodos amplamente desenvolvidos por psicólogos e terapeutas empresariais. Procure referências na sua regiões e faça esse investimento. A comunidade paroquial só tem a ganhar.
Gisa Prado
Jornalista de formação, com longa experiência na produção de conteúdos para meios de comunicação católico.
Atualmente compõem a equipe de Redação na Dominus Evangelização e Marketing. Seu coração está na evangelização!