Festa do padroeiro: Como ir além da arrecadação e criar uma poderosa estratégia de acolhimento - Dominus Comunicação

Festa do padroeiro: Como ir além da arrecadação e criar uma poderosa estratégia de acolhimento

A festa do padroeiro é, sem dúvida, um dos momentos mais aguardados e movimentados do calendário paroquial. É um tempo de grande mobilização comunitária, onde voluntários se unem, as barracas são montadas e o cheiro de pastel frito no ar se torna sinônimo de união. Contudo, em meio a tanto esforço, uma pergunta crucial precisa ser feita: qual é o verdadeiro propósito da nossa festa?

Muitas vezes, a resposta se resume a uma palavra: arrecadação. E embora a sustentabilidade financeira seja vital, reduzir a festa a um evento para “pagar as contas” é desperdiçar seu potencial evangelizador mais profundo.

Como destacou nosso CEO, Jean Ricardo, em recente formação do “Conexão Evangelizar”, a festa do padroeiro precisa ser vista como uma grande rede de pesca, uma oportunidade única de viver uma “Igreja em saída” e transformar o evento social em uma porta de entrada para a fé.

Se sua comunidade sente o cansaço do “são sempre os mesmos” e a dificuldade de engajar novas pessoas, este post é para você. Vamos explorar como transformar sua próxima festa do padroeiro em uma estratégia de acolhimento intencional e missionária.

 

O desafio: Por que nossas festas precisam de um novo olhar?

A realidade de muitas paróquias hoje é marcada por uma diminuição na participação ativa, pelo distanciamento de jovens e famílias e por lideranças desgastadas. Nossas festas, muitas vezes, acabam sendo eventos restritos a quem já está na comunidade: nós doamos, nós preparamos, nós compramos e nós comemos.

O foco excessivo na arrecadação, sem uma estratégia clara de evangelização, gera cansaço e não produz testemunhos de transformação. O dinheiro arrecadado não pode dizer: “vocês transformaram a minha vida”. Mas as pessoas, sim. É essa a mudança de chave que precisamos virar.

 

A mudança de mentalidade: Da intenção à intencionalidade

Não basta ter a “boa intenção” de acolher. É preciso ter intencionalidade. Isso significa que o acolhimento deve ser uma pauta central em cada reunião de planejamento, uma estratégia pensada e executada com o mesmo cuidado que a gestão das barracas.

O objetivo é claro: transformar a festa em um momento de anúncio querigmático, onde a mensagem central “Cristo vive e está no meio de nós” seja transmitida em cada detalhe.

 

Estratégias práticas para um acolhimento que transforma

Como fazer isso na prática? Jean Ricardo ofereceu dicas valiosas que podem ser aplicadas em qualquer realidade paroquial.

  1. Crie uma equipe de evangelização (ou “Equipe Sorriso”)

Esta é talvez a mudança mais impactante que você pode fazer. Em vez de ter todos os voluntários focados em tarefas operacionais, crie uma equipe dedicada exclusivamente a acolher e interagir com os visitantes.

  • Ação Prática: Dê a eles uma tarefa simples, como limpar as mesas, como um pretexto para iniciar conversas. Eles podem perguntar de onde a pessoa é, como ficou sabendo da festa e, de forma natural, convidá-la para conhecer a igreja, que pode estar aberta com o Santíssimo exposto.
  1. Desenvolva espaços de encontro e oração

A festa pode ser barulhenta, mas a evangelização muitas vezes acontece no silêncio e na escuta.

  • Ação Prática: Crie um “cantinho de oração” ou um “espaço de escuta”, um oásis de tranquilidade no meio da festa, com voluntários dispostos a conversar, aconselhar e rezar com as pessoas. Organize também uma “Feira Pastoral”, com estandes apresentando os trabalhos dos movimentos e pastorais, convidando as pessoas a se engajarem.
  1. Pense na jornada completa do visitante

O acolhimento não começa quando a pessoa chega e nem termina quando ela vai embora.

  • Ação Prática: Planeje a jornada inteira: desde a comunicação visual atrativa e os convites pessoais até o contato pós-evento. Use QR Codes para que as pessoas possam deixar seus contatos e pedidos de oração. Depois, ligue para agradecer as doações (mesmo as menores) e convide para uma Missa especial em ação de graças por todos os que colaboraram.
  1. Ofereça uma programação inclusiva para todos

Uma festa evangelizadora pensa em todos os públicos.

  • Ação Prática: Além da gastronomia, crie atividades para crianças (pintura de rosto, desenhos de santos), um espaço de cinema exibindo filmes sobre a vida do padroeiro, e atrações para jovens e idosos. Envolver todos os públicos torna a comunidade um lugar para todos.

E depois da festa? A continuidade da missão

A rede de pesca foi lançada, e os peixes vieram. O que fazer agora? Não podemos deixá-los na areia para morrer. A festa do padroeiro deve ser o início de uma jornada.

É fundamental planejar eventos querigmáticos pós-festa, como retiros, congressos ou jantares de casais, para dar continuidade ao processo de evangelização e integrar essas pessoas na vida comunitária.

 

Conclusão: Transforme sua festa em uma missão

Acolher não é tarefa de uma única pastoral, mas uma cultura que deve envolver toda a comunidade. Cada paroquiano é um missionário, seja fritando o pastel ou limpando uma mesa. Quando acolhemos bem, despertamos no outro o desejo de ser Igreja.

Que sua próxima festa do padroeiro seja mais do que um sucesso financeiro. Que ela seja um transbordar do amor de Deus, uma ponte para muitos retornarem a Cristo e um testemunho vivo de uma comunidade que, de fato, ama e se importa.

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