Como deve ser a vivência da Pastoral do Dízimo na Diocese? Afinal, essa pode ser uma pergunta comum para aqueles que fazem parte da equipe diocesana.
Por isso, ao longo da minha experiência, trabalhando com diversas comunidades e paróquias de todo o Brasil, percebi a necessidade de um entendimento mais profundo sobre a atuação da estrutura diocesana na Pastoral do Dízimo.
Uma ação da Pastoral do Dízimo na diocese muito além da formação e das normas
É preciso que todo ecônomo e coordenador diocesano da Pastoral do Dízimo entenda, de uma vez por todas, que a atuação da diocese, nesta pastoral, deve ir além do campo formativo e normativo. Sendo assim, deve ser pautada na cultura da diaconia, ou seja, do serviço.
Desse modo, torna-se insustentável e inviável uma atuação diocesana que apenas “dite regras” ou “despeje” formações. Afinal, não basta apenas colocar regras, implantar um software de controle do dízimo, lançar uma campanha anual de motivação, ou estabelecer um processo de como deve arrecadar o dízimo.
Por isso, o Documento 106 apresenta um pouco sobre o papel da Diocese nas atividades ordinárias da Pastoral do Dízimo. Confira:
“Para que o trabalho entre as paróquias seja integrado, é recomendável a existência de uma equipe de coordenação em nível diocesano. Essa equipe se responsabiliza, por exemplo, pela coordenação de campanhas de conscientização, pela realização de encontros de formação e de estudo, pela troca de experiências e pela produção ou escolha e distribuição de materiais para a motivação dos fiéis.”
(Doc. 106, 47)
Na minha experiência profissional, atendendo diversas paróquias de todo o Brasil na realidade da Pastoral do Dízimo, percebo que as dioceses precisam estabelecer uma proposta pastoral que se coloca a serviço, que vá além do que o documento descreve acima.
Um equipe da Pastoral do Dízimo da diocese pautada no servir
O ideal da vivência da Pastoral do Dízimo é a prática do estar a serviço. Sendo assim, é preciso compreender que quem está lá na paróquia, captando o recurso e mantendo o dizimista fiel, precisa de todo o suporte para exercer sua missão. Portanto, é neste papel que se concentra a equipe diocesana.
Ela não é só normativa e cobra a participação nas formações. Ao contrário, coloca o seu esforço no pastoreio, sendo uma espécie de mentora das comunidades.
A Pastoral do Dízimo da diocese precisa atuar com:
- acompanhamento pastoral;
- promoção da sinodalidade;
- no que diz respeito à sustentabilidade evangelizadora;
- suporte às práticas pastorais;
- investimento financeiro adequado à necessidade e nas ações integradas de marketing.
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Uma visão estratégica essencial
Um dos grandes problemas que temos na atuação das dioceses em relação ao dízimo é a falta de profissionalismo com a qual este tema pastoral é tratado. Desse modo, imagina comigo o seguinte: existem dioceses que arrecadam mais de 30 milhões em dízimo durante um ano. No entanto, esta mesma diocese não tem sequer um colaborador dedicado (contratado) a cuidar desta estrutura que traz todo esse montante de recurso.
Se esta mesma diocese investisse 1 milhão de reais em equipe e estrutura para cuidar da Pastoral do Dízimo, ainda sim ela estaria no “lucro” diante do volume de dinheiro que ela arrecada.
Conclusão
Definitivamente, as dioceses precisam compreender que colocar recursos financeiros e humanos a serviço da Pastoral do Dízimo é investimento! Desse modo, colocar parte do recurso arrecadado para manter esta estrutura pastoral é uma visão estratégica. É preciso profissionalizar a atuação no âmbito diocesano. Afinal, não se pode contar apenas com voluntários. Eles não irão dar conta do recado!
Até o próximo conteúdo!
Jean Ricardo
Empreendedor na evangelização, apaixonado por planejamento e marketing digital é CEO da Dominus Evangelização e Marketing, comanda o time de evangelizadores. O seu coração está na evangelização!