“A plena eficácia do apostolado só se pode alcançar com uma formação multiforme e integral. Exigem-na tanto o contínuo progresso espiritual e doutrinal do próprio leigo, como as diversas circunstâncias de coisas, pessoas e encargos a que a sua atividade se deve acomodar. Esta formação deve-se apoiar sobre os fundamentos afirmados e expostos por este sagrado Concílio noutros lugares. Além da formação comum a todos os cristãos, não poucas formas de apostolado requerem uma formação peculiar e específica, por causa da diversidade de pessoas e circunstâncias”.
Decreto Apostolicam Actuositatem, 29.
Qual é o papel da Pastoral do Dízimo diocesana na realidade formativa dos agentes pastorais?
Antes de responder a esta pergunta é preciso compreender a importância da formação para o sucesso da vivência da partilha nas comunidades paroquiais.
Sendo assim, existem três pilares fundamentais para uma boa Pastoral do Dízimo funcionar: formação, gestão e comunicação. Logo, o primeiro deles é a formação, que nunca pode deixar de ser praticada. Não importa o grau de dificuldades em executar, a formação deve ser prioridade na vida da diocese.
Os princípios da formação da Pastoral do Dízimo
É fundamental entendermos quais aspectos gerais devem ser trabalhados no processo formativo da Pastoral do Dízimo diocesana. Vejamos:
Espiritual: Refere-se a toda realidade espiritual sobre a prática do dízimo. Por isso, é necessário que nas formações o conteúdo espiritual seja aprofundado ao longo dos anos. Afinal, eles enriquecem a vivência da espiritualidade que há por trás da partilha de bens.
Humana: É necessário promover os valores verdadeiramente humanos, a começar pela arte de conviver e cooperar fraternalmente, bem como a de estabelecer diálogo com os outros. Logo, a Pastoral do Dízimo é uma ação evangelizadora que deve promover a vivência comunitária e a unidade. Por isso, é necessário que os agentes compreendam melhor como crescer no relacionamento.
Doutrinária, prática e técnica: Toda atividade pastoral necessita que seus agentes possuam conhecimentos básicos da doutrina católica. Além disso, recebam conhecimentos relacionados à prática pastoral e a técnicas que possam colaborar com a sua missão. A exemplo disso, é fundamental que a Pastoral do Dízimo aprenda sobre estratégias de marketing de relacionamento. Desse modo, isso facilitará a aproximação com os atuais e futuros dizimistas.
Uma coisa importante na formação é compreender que os temas formativos devem respeitar o público alvo da formação. Exemplo: com todos os agentes pastorais da comunidade paroquial, os conteúdos formativos sobre o dízimo serão relacionados ao aprofundamento espiritual, ou seja, serão tratados os aspectos biblico-teológicos.
Por isso, já com os agentes da Pastoral do Dízimo, a formação. Logo, tudo que possa favorecer a prática pastoral.
Quais são as responsabilidades da equipe diocesana em relação a formação
A Pastoral do Dízimo diocesana deve favorecer ao máximo a promoção da formação. A seguir, indicações do que ela deve comprometer-se:
- Propor a realização de workshops e congressos formativos sobre o tema.
- Motivar os agentes pastorais das diversas paróquias a participarem de encontros nacionais relacionados ao dízimo.
- Redigir subsídios, cartas, manuais e diretórios relacionamentos as orientações diocesanas sobre a vivência do dízimo;
- Produzir conteúdos sobre o tema para estarem disponíveis no site da diocese;
- Oferecer diferentes formatos de formação para os agentes pastorais. Ex.: vídeos, palestras, conteúdos digitais, etc.
- Estar disponível para assessorar as paróquias que desejarem formações presenciais;
- Capacitar as equipes paroquiais para a aplicação da campanha diocesana do dízimo.
Como pode ser definida a equipe formativa da Pastoral do Dízimo diocesana
Uma das coisas que é necessária para uma boa estruturação da formação é definir uma equipe responsável pela formação da Pastoral do Dízimo. Afinal, quanto mais organizada e estruturada for esta equipe melhor será o desempenho das atividades formativas.
Portanto, procure estabelecer uma ou mais pessoas responsáveis por pensar e contribuir para a aplicação das formações. Tenha no mínimo um padre como assessor espiritual e doutrinário, uma pessoa para contribuir na redação dos subsídios formativos, uma pessoa ou mais que entenda de comunicação para gravar vídeos, estruturar e organizar a comunicação relacionada às atividades formativas.
Por fim, tenha algumas pessoas com a habilidade formativa, para que possam contribuir na aplicação das formações. Desse modo, não só nos eventos diocesanos, mas também na atuação das paróquias.
Defina um cronograma e roteiro formativo diocesano
Um dos principais desafios das paróquias é estruturar o seu processo formativo. Aqui é fundamental que a diocese estabeleça algumas ações:
- Defina um roteiro formativo que possa ser aplicado nas reuniões da Pastoral do Dízimo na paróquia;
- Estabeleça eventos formativos diocesanos;
- Ofereça conteúdos formativos usando os meios digitais como o site, whatsapp e redes sociais da diocese;
- Produza manuais, apostilas e vídeo-aulas que facilitem a aplicação das formações.
Uma consideração importante
Muitas pessoas reclamam da baixa participação nas formações. Eu acredito que o problema da participação está diretamente ligado a qualidade e na preparação das formações. É preciso repensar o modelo, formato, método e como costumamos organizar os eventos formativos.
“O problema não está sempre no excesso de atividades, mas sobretudo nas atividades mal vividas, sem as motivações adequadas, sem uma espiritualidade que impregne a ação pastoral e a torne desejável.” (Papa Francisco, Exortação Apostólica Evangelii Gaudium)
Até o próximo conteúdo!
Jean Ricardo
Empreendedor na evangelização, apaixonado por planejamento e marketing digital é CEO da Dominus Evangelização e Marketing, comanda o time de evangelizadores. O seu coração está na evangelização!