Como engajar pessoas para trabalhar na Pastoral do Dízimo

O serviço na caminhada cristã é fruto de quem viveu uma experiência autêntica de fé e sentiu-se acolhido pela comunidade. No Evangelho, podemos ver a sogra de Pedro, que ao ser  curada – experimentou o poder de Deus em sua vida – e se sentiu parte da comunidade de Jesus, levantou-se de sua enfermidade e se colocou a serviço (cf. Lucas 4:38-41).

Portanto, aumentar os recursos humanos da Pastoral do Dízimo é possível a partir do momento em que os coordenadores e demais membros se tornam responsáveis por evangelizar e cativar mais irmãos.

Com este texto, queremos partilhar com você dicas para você aprenda como engajar a pastoral do dízimo e alimentar o amor pela missão no coração de cada agente do dízimo.

“Vinde e vede” (cf. Jo 1, 39) – Uma experiência com o Mestre

Estas são as primeiras palavras de Jesus no evangelho de São João. Dirigiu aos apóstolos André e João quando foram surpreendidos por João Batista que apontava para Jesus e dizia “Eis o Cordeiro de Deus”, e imediatamente o questionaram sobre sua morada. Daí em diante, se achegam em amizade com o Mestre e se tornam seus discípulos.

O movimento de engajamento nas pastorais acompanha esse modelo bíblico de seguimento. Em primeiro lugar, só é possível engajar alguém numa pastoral, a partir do momento em que essa pessoa vive um momento de encontro com Jesus. Portanto, podemos dizer que o engajamento pressupõe evangelização.

Após esse primeiro momento, a convivência comunitária, a formação e a espiritualidade irão alimentar o agente pastoral e torná-lo um novo evangelizador. Como iniciativa de anúncio do Evangelho, as paróquias costumam promover eventos dos mais diversos e cursos de iniciação cristã, na catequese de crianças, jovens e adultos. É importante, no entanto, refletir se as iniciativas promovidas estão atingindo os objetivos de evangelização e engajar da pastoral do dízimo.

Como saber se os eventos têm produzido efeito?

Se a comunidade sente que faltam membros para o serviço, é preciso refletir sobre a qualidade no processo evangelizador utilizado. Vale refletir alguns pontos:

  • Como anda a promoção de eventos de evangelização no calendário paroquial?

É óbvio que quantidade não é qualidade. Mas cabe observar quantos momentos são disponibilizados para a evangelizar.

  • Quais são as reais motivações em tais eventos?

Aqui é preciso ressaltar que muitas vezes investimos em festejos, quermesses e demais iniciativas em vista de arrecadação financeira. Porém, é preciso cuidado para não priorizar uma coisa e esquecer outra.

  • Como se dá o acolhimento durante esses momentos?

É importante que a paróquia estruture uma pastoral que se preocupe em ser o rosto acolhedor e o abraço fraterno aos que visitam a comunidade.

  • Quais são as metodologias usadas pela comunidade na evangelização?

Talvez seria interessante criar uma escola de evangelização para instruir os agentes de pastoral, os motivando a serem discípulos missionários de Jesus;

  • Existe um planejamento estratégico pastoral de evangelização?

Isso é de suma importância para que a comunidade enxergue suas potencialidades e limitações, e a partir disso se projete no cenário evangelizador;

  • Temos acompanhado os irmãos que quiseram se engajar na vida da comunidade?

Formação, acolhimento fraterno e serviço são indispensáveis na hora de agregar novos irmãos para pastoral.

Uma vez que essas perguntas são feitas, refletidas e, corajosamente, respondidas, a paróquia começa a vislumbrar com ardor um mesmo objetivo: a evangelização.

Quem é acolhido se compromete!

Quando mais pessoas se achegam aos irmãos na fé precisam se sentir acolhidos. Os laços fraternos costumam ser instrumentos potentes de engajamento. Sobretudo, porque gera empatia, prazer, satisfação e alegria interior servir com quem amamos, e nos sentimos amados. Se nos sentirmos amados por Deus – acima de tudo – nos sentiremos impelidos a anunciar seu amor, servirmos com paixão e lutarmos para instaurar o Reino de Deus no meios dos homens. Então, encontraremos irmãos dispostos a engajar-se na Pastoral do dízimo.

É importante, no entanto, refletirmos bem sobre quais agentes pastorais escolhemos para o serviço referido. Existe uma necessidade de um perfil específico, sobretudo de conhecimento técnico. Descobrir talentos na paróquia é possível por meio de workshops, palestras sobre temas afins (administração financeira, gestão doméstica). Pequenas ações nesse sentido podem atrair pessoas interessadas no tema e animadas a servir.

Francielle Lopes

Formada de Processos Gerenciais pela Faculdade de Tecnologia Senac/SC. Atualmente é gestora do Sucesso do Cliente na Agência Dominus Evangelização e Marketing e focada nos resultados dos projetos de seus clientes. Seu coração está na evangelização!

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