Se souber aproveitar bem as oportunidades, o continente digital pode nos ensinar grandes lições sobre como evangelizar pelas redes sociais. Mas, ele pode também nos mostrar como não devemos agir.
Frequentemente, observamos comportamentos e respostas um tanto quanto agressivas. De algum modo, são reações provocadas pela discordância de algum assunto, mas também pela “tranquilidade” de não estar de frente com o outro.
Quem navega por esse continente, sabe que jamais irá agradar a todos. Contudo, as críticas fazem parte e são necessárias, desde que haja respeito entre as partes.
O que entristece e gera preocupação é quando vemos católicos reagindo às situações da mesma maneira que o mundo. Afinal, alguns promovem inclusive discursos de ódio em troca de defender com todas as garras a sua opinião, a sua verdade.
Ao invés de se tornarem exemplos de como evangelizar pelas redes sociais, os conflitos e brigas no ambiente digital entre católicos são causas de contra testemunho e acabam por refletir no processo evangelizador nas mídias digitais.
Portanto, é preciso atenção a esse tipo de comportamento e principalmente ao que está por trás dele.
A necessidade de ter opinião sobre tudo
Como evangelizar pelas redes sociais em espaços em que as pessoas não escutam mais umas às outras e nem aquilo que divergem de suas opiniões?
A ação é quase instintiva: observa-se uma situação que gera comoção e indignação. Logo depois, o assunto surge entre os mais comentados nas redes e por isso, também se quer falar a respeito.
Mas, será que isso é realmente necessário? O meu posicionamento irá acrescentar uma reflexão sadia ou gerar ainda mais discórdia? É necessário questionar-se.
Vale lembrar que, aqui, o grande problema não é posicionar-se ou não, expressar a sua opinião e defender aquilo que acredita, mas sim, a maneira como se faz isso.
Quando nos tornamos intolerantes à divergência perdemos a capacidade de dialogar com o outro. Nos tornamos juízes da vida alheia e nos esquecemos de antes “tirar a trave dos nossos próprios olhos” (cf. Mt 7, 5).
É triste quando isso acontece entre diferentes grupos católicos. Sem perceber, estes cristãos ferem o Corpo de Cristo, e consequentemente, a unidade da Igreja.
Ao olhar para esse tipo de postura, as pessoas podem pensar “olha como eles se odeiam”.
Mas não se esqueça, somos chamados a dar o seguinte testemunho: “Vede como eles se amam!” (Apolog. 39)
Como evangelizar pelas redes sociais de maneira sadia
O continente digital se revela de maneiras distintas para cada pessoa. Enquanto para alguns, é um espaço de grande exposição e reverberação das nossas ações, para outros, dá a falsa sensação de segurança.
Para evangelizar nas redes sociais de maneira sadia é preciso compreender que no continente digital não existe separação entre o real e o virtual. Na realidade, se torna uma extensão das vidas.
Neste espaço, nossas ações possuem um alcance muito maior, lugares, pessoas e países que, de outra forma, não teriam acesso às informações ali compartilhadas.
Saibamos utilizar esse espaço para o bem. Não apenas como meio de evangelização, mas como forma de aprender a lidar e respeitar o diferente, escutar e acolher o outro.
Estamos vivendo a Quaresma, período de conversão. Aproveite para refletir sobre qual tem sido sua postura no online. Que tipo de conteúdo você tem consumido?
Estes conteúdos e ações, estão alimentando a sua alma ou tem te afastado de Deus? Sempre é tempo de recomeçar, não tenha medo.
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Jéssica Maia
Jornalista por formação e missionária, Sua missão é anunciar a Paz ao coração dos homens. Atualmente compõem a equipe de Redação da Dominus. Seu coração está na evangelização!
1 Comments
Eu acho que quem tem sido agressivo mesmo são os esquerdistas. Eu nunca desejaria a morte de Lula. Aquela jornalista declara fazer novena pela morte de Bolsonaro. Gosto das práticas de Dom Adair, e de outros Padres. Não os acho agressivos. A TV Aparecida, fui ver um “debate” em que trouxeram um Professor de Universidade e o Presidente da MST – que declararam que não dá para esperar Governo, têm que invadir terras! – ISTO É DEBATE? 3 contra quem? O entrevistador fazia uma leve pergunta contrária! Não anima ver debate assim.