Muitas pessoas se perguntam: Quais os fundamentos da Pascom? O que ela deve fazer na Igreja? Sua atuação está ligada à divulgação de tudo que fazemos na evangelização? Quais os principais desafios da Pastoral da Comunicação?
Para entendermos melhor a importância e os fundamentos da Pascom, precisamos compreender a natureza da Igreja. Sem isso fica difícil compreendermos a importância e o papel da Pastoral da Comunicação.
A natureza da Igreja é comunicar
Antes de compreendermos a importância e o papel da Pascom, precisamos esclarecer algo fundamental. A natureza da Igreja é comunicar. A Igreja existe para isso! Afinal, sem a comunicação não existe evangelização.
“Evangelizar constitui, de fato, a graça e a vocação própria da Igreja, a sua mais profunda identidade. Ela existe para evangelizar, ou seja, para pregar e ensinar, ser o canal do dom da graça, reconciliar os pecadores com Deus e perpetuar o sacrifício de Cristo na Santa Missa, que é o memorial da sua morte e gloriosa ressurreição.” (EN 14)
Na identidade da Igreja está a comunicação. Portanto, não se pode admitir que uma comunidade paroquial não priorize as atividades da Pastoral da Comunicação. Sendo assim, ela estaria sendo omissa a sua identidade mais profunda.
No mundo dos negócios, se a Igreja fosse uma empresa que vende algo, poderíamos afirmar que comunicar é o nosso negócio.
“A evangelização, anúncio do Reino, é comunicação; portanto, a comunicação social deve ser levada em conta em todos os aspectos da transmissão da Boa-Nova.” (Documento de Puebla, n. 1063)
Os fundamentos da Pascom está na natureza da Igreja
Quando compreendemos que a Igreja tem na sua natureza a missão de comunicar, fica fácil compreender que tudo que estiver relacionado à comunicação deve ser prioridade pastoral.
Por isso, jamais deveríamos admitir que nosso processo comunicativo fosse tratado de qualquer forma. Mesmo com uma atuação voluntária, seria necessária a capacitação técnica de toda a comunidade. Além disso, deveríamos envolver profissionais na prática pastoral da comunicação.
Eu costumo trazer um exemplo simples, mas que pode ajudar a iluminar o quanto precisamos crescer na Igreja em relação à profissionalização da comunicação. Quando uma igreja está em construção ou reforma, é preciso investir muito dinheiro, não só nos materiais, mas também na mão de obra qualificada.
Portanto, não se pode construir uma igreja sem ter um projeto feito por engenheiros e arquitetos. Entre os motivos que se investe nisso está o fato de a lei exigir, mas, também, a necessidade de aplicar toda a técnica necessária para a igreja não desabar. Sendo assim, não importa o quão caro é o projeto, teremos que investir recursos financeiros se queremos garantir a segurança das pessoas.
Quando o motivo do investimento é a comunicação, o trato não é o mesmo. Afinal, a maioria dos nossos líderes acreditam ser desnecessários e acham que tudo pode ser feito de uma forma mais simples. O que é um grande erro!
Quando não investimos na capacitação e na contratação de profissionais, estamos não só diminuindo nossa capacidade de evangelizar, como estamos colocando em risco a missão da Igreja.
Os fundamentos da Pascom estão alicerçados na missão/identidade da Igreja. Seria um grande erro continuarmos insistindo em não priorizar recursos humanos, físicos e financeiros na comunicação
Uma visão equivocada da comunicação
Um dos motivos que pode contribuir para a nossa falta de entendimento sobre a importância da comunicação na Igreja é a compreensão sobre o que é comunicação. Muitos líderes católicos assimilam comunicação com os meios de comunicação (Rádio, TV, Redes Sociais, etc). Isso acaba dando uma visão equivocada da importante contribuição na evangelização.
Em uma empresa, a comunicação é estratégica e boa parte das organizações tem no seu organograma a Diretoria de Comunicação e Marketing diretamente ligada à presidência. Isso porque os departamentos de comunicação têm papel estratégico nas tomadas de decisão.
Eles são responsáveis por garantir a captação e análise de dados, a entender o comportamento do consumidor e contribuir significativamente na criação de produtos e serviços, além claro, de garantir que estes sejam comprados pelos consumidores.
É preciso que, de uma vez por todas, nós evangelizadores compreendamos que o papel da comunicação na Igreja é estratégico. Desse modo, ela deve contribuir para o desenvolvimento do nosso “negócio”, não podemos resumir a comunicação aos seus meios.
A PASCOM é a pastoral da evangelização, ela precisa entender o processo evangelizador e contribuir para o seu desenvolvimento. Todo agente de pastoral na sua natureza é um agente da Pascom.
“O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar a remissão aos presos e aos cegos a recuperação da vista, para restituir a liberdade aos oprimidos e para proclamar um ano da graça do Senhor”. (Lc 4,18-19)
Jean Ricardo
Empreendedor na evangelização, apaixonado por planejamento e marketing digital é CEO da Dominus Evangelização e Marketing, comanda o time de evangelizadores. O seu coração está na evangelização!
1 Comments
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